quarta-feira, 1 de março de 2023

Sobre o trabalho escravo no RS

 


Vamos ser sinceros.

Metade do Rio Grande (especialmente do interior)

votou no cara “aquele” que desapareceu por sinal.

Quem chega de fora e espia um deles sentado numa varanda

tomando um chimarrão  pensa q se trata apenas de um tiozinho curtindo sua vidinha.

Ledo engano: eles se dizem tementes a Deus mas tbém temem a felicidade :do outro.

São silenciosos e rasteiros. Andam ainda preocupados com a virgindade da filha,ainda procuram um dote,ainda se casam por dinheiro.

Um empreguinho aqui,um automóvel ali,a casa própria e deu:

missão cumprida.

O melhor dos escritores não encontraria palavras para descrever os pensamentos q eles ruminam na intimidade de seus leitos.

São os furúnculos da sociedade.

“Quanto mais eles crescem mais feios eles ficam.”

São conspiradores,hipócritas e dissimulados.

São reprimidos e repressores.

Quase nunca erguem o tom de suas vozes pois o q tem a dizer será em segredo,pelas suas costas.

Transformam qqer um num pária caso sua idéias sejam contrárias às deles.

Mas acredito q estão em extinção.

Vai levar algum tempo.

Serão traídos pelos próprios filhos,numa outra geração.

Serão concebidos e gerados como prole,como sempre.

Mas não reconhecerão seus pais como seus iguais.



quinta-feira, 28 de maio de 2020

Porquê Canto Em Inglês

Sempre cantei.
Fiz Teatro,Cinema e Televisão mas música sempre foi meu Dom,assim o dizem.
Com meus 10 anos fui com meu pai comprar o LP dos "Secos & Molhados" ,para mim,de   longe,a   melhor coisa que a MPB já produziu,mas a verdade é que tenho poucos ídolos   brasileiros,mas acho   que canto por causa de Ney Matogrosso, simples assim.
Quando você fala algo como"meu amor" numa canção,de alguma forma direciona o ouvinte a   uma   memória ou ideia romântica do passado ou presente,o condiciona.
Uma música instrumental,é como uma grande tela em branco ou uma pintura abstrata em que   cada   um vê,sente e interpreta como quiser 
portanto canto cada vez menos e, quando o faço, faço em inglês ,
provavelmente influenciado pelas grandes bandas dos anos 60 e 70.
Hoje,minha música está em todos os lugares,do Spotify ao Youtube,da Rússia ao Japão,Do   Reino   Unido até a Suécia,pirateada ou não,paga ou não.
Nasci Marcelo Weber ,virei Marcelo Naz no teatro e agora Nazarevox (a banda),convido   amigos para tocar comigo,especialmente guitarristas e assim faço música como quem bebe   água.
E assim  será,afinal, é apenas música mas,como dizia aquele filósofo lunático:
"A vida sem música seria um erro"
Hoje , a música,ou melhor, aqueles que se dizem músicos estão doentes e,talvez,cantar em   português pareceria que eu faço parte de um clube do qual eu não quero pertencer.
Em tempo:Nada supera Pink Floyd, é um fato.

terça-feira, 15 de maio de 2018

Mão na Cabeça

Que dia - confundido com um criminoso,assim sem nenhuma explicação,celular confiscado,algemas,camburão etc...
Depois de 3 horas no Palácio da Polícia onde fiz até reconhecimento facial,devolveram meus pertences até então confiscados...celular , documentos etc,,,
Telefonema tipo direitos em filme americano?
Esquece...
Pô ,cumprimentei os policiais e disse:sem ressentimentos pois eles estão patrulhando a cidade mas e quem me denunciou?
Posso processá-lo?
Não tive acesso a nada nem um pedido de desculpas...
O cara era igual a mim?
Altura ,gestual,calçado,boné,jaqueta,,,quase impossível de acreditar né?
Olharam as imagens e tal...fui liberado sem registro.
Continuo sendo réu primário sem antecedentes mas a humilhação foi forte...
E agora?
Devo esquecer?
O  que fizeram com a minha cidade?
Dois anos atrás escapo de um assalto com faca num parque e agora isso...
Q coisa
Q dia
Q noite será essa para dormir tranquilo?

terça-feira, 26 de julho de 2016

Eu , versão 5.0



Não sei quando será o meu último dia nessa terra então sou um homem que não desperdiça o vento no rosto ,um raio de sol e uma boa caminhada.
Caminho até a exaustão e registro em minha retina o máximo que puder,pois viver é essencialmente isso: estou passando por aqui.
Paisagens, pessoas e viagens me atraem mas não há nada como música:
boa música faz bem pra alma.
E quando o grande silêncio chegar pra mim, será música aos meus ouvidos.
Não tenho pai nem mãe, não porque não os tenha amado mas por detestar a autoridade.
Canto para prolongar a vida e atuo pois sou o maior de meus personagens.
Tenho amigos e deles sou escravo, te penetro com palavras pois detestaria ser igual aos outros homens, sou um ser feroz com temperamento meigo e vice-versa.
Sou a cabra oferecida em sacrifício para um Deus que só te faz sentir culpa e medo.
Enfim, estou aqui desde 14 de janeiro de 1966
e você ainda não me entende e isso é bom demais!

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Exotica - Critica Traduzida



Nazarevox 

Exotica
self-released; 20/09/2013

3.6 out of 5

By Jaime Funk





O álbum anterior de Nazarevox, "Inside" era muito experimental ,disperso 
e contou com uma série de elementos eletrônicos. 
Para o seu mais recente lançamento, "Exotica" , muitos dos acordes ainda são experimentais e esparsos mas ele confia mais na guitarra do que fazia antes . Marcelo Naz, o homem por trás de "Nazarevox" se auto-descreve como tendo elementos de hard rock , o que pode ser um pouco vago.
Você pode ter uma guitarra distorcida , mas que nem sempre condiz com o hard rock . 
O que você tem aqui é um monte de músicas que são uma melhoria de seu último esforço. Enquanto algumas das músicas ainda movem-se  como uma tartaruga as estruturas são um pouco mais equilibradas e as canções têm mais variedade. Por exemplo, " Constelation " conta com bongos , notas esparsas de baixo e violão . A canção tem um ritmo lento e na marca de quatro minutos somos finalmente apresentados aos vocais.
Em comparação "Shoot Me" tem um "feeling" tipo rock / jazz / samba  , embora o trabalho do contrabaixo seja um pouco rígido.

O álbum começa com a faixa-título " Exotica ".  É como se uma banda de drone metal e David Lynch tivesse um encontro de mentes . A princípio, soa como uma faixa bastante básica , com guitarras distorcidas , bateria e baixo , mas que progride quando ele decide entrar em um território "free jazz" . Ela realmente parecia um pouco uma reminiscência de algo que você pode ouvir de Scott Walker no seu último álbum Bish Bosch. 
Um monte de gente ia tomar isso como um elogio.

"The Way I See The World" começa com um zumbido repetitivo constante no ambiente que, eventualmente, desaparece e é substituído por guitarras que são tratadas com um monte de "reverb" . Ele altera um número de vezes não só as estruturas, mas todo o tom da canção. É quase como oito músicas em uma. Por exemplo, em torno da marca de 3:30 , ouvimos a música tornar-se incrivelmente sombria  quando Naz toca notas inteiras que reverberam  e emitem tons assustadores  no contrabaixo. Um minuto depois, ouvimos acordes de piano que poderiam ser o início de uma canção de Billy Joel .

Naz termina o álbum com " Hallucinating ", que teve a melhor batida no álbum , apesar das guitarras soarem  um pouco lentas para o meu gosto .
Para o meio da música , ele começa a cantar  inspirado no metal tipo anos 80 para adicionar um pouco de vida à música. 
Eu ainda não descobri onde Nazarevox está querendo chegar com sua  música, mas eu acho que ele está crescendo lentamente em mim.
 Ele combina diferentes gêneros e vai além da simples experimentação na maioria das músicas , o que o torna extremamente difícil de definir.